terça-feira, 6 de março de 2018

A culpa é sua

E você aí na sua mesinha, trabalhando...
Olha para você. Tá ruim?  Tem algo incomodando?
Seria o colega chato? Seria o chefe que fala grosso contigo? Seria o salário baixo?...
O que seria?!

Desculpa, mas o que seria não importa. O que importa é o que você faz sobre isso.
Possivelmente além de murmurar, você não faz nada. Você até se acostumou, encontrou na insatisfação uma zona de conforto da qual não quer sair. Se olhar bem, até a qualidade do seu trabalho piorou...

Olha, a culpa da sua insatisfação é sua. O ambiente não vai mudar porque você está incomodado com ele.

Engole o choro, crie coragem, faça algo para transformá-lo. Seja proativo, proponha algo, apresente soluções e não apenas problemas, construa pontes e não muros... Vamos lá, você consegue!

...e se mesmo assim não der certo, peça para sair e seja feliz em outro lugar.




terça-feira, 28 de novembro de 2017

Seja breve

Uma das vantagens de ser humano é sua capacidade se expressar por meio algo além de grunhidos, cheiros, reflexos, expressões... Podemos usar outros instrumentos: a fala, a escrita, a arte.

Considerando a escrita como uma ferramenta, percebe-se que algumas a usam de forma mais sintética, outras de forma mais prolixa. Penso que essa necessidade de se expressar de forma mais longa reside no desejo de convencer a pessoa de forma irrefutável de que seu argumento é o mais correto.  Lindo! Só que não...

A medida que a "patente" aumenta, diminui o tempo que o indivíduo possui diante das muitas decisões que ele precisa tomar. Por isso, é necessário que seja munido das informações da forma mais sintética possível. Me fazendo mais claro, quando ele peguntar "sim ou não", responda "sim ou não". Se ele te perguntar o porquê, responda o porquê. Se ele quiser um número, informe um número. Não enfeite, é energia gasta atoa.... Apenas garanta que sua resposta é a correta.

(Mas acho que já escrevi demais não é?)






 

quinta-feira, 17 de março de 2016

Aprender

A observar
A fazer
A ouvir
A perdoar
A dizer
A sorrir
A chegar
A agradecer
A sair
A enfrentar
A entender
A cair
A levantar
A esquecer
A ir.


domingo, 13 de março de 2016

Exigência de Perfil Profissional no Termo de Referência

É bom comum que os responsáveis técnicos pela prestação de serviços de TI sejam também profissionais da área: gerentes de projeto, analista de métricas, analistas de infraestrutura, analistas de suporte, pois quando o gestor lida com um resposável técnico que possui formação relacionada ao objeto do serviço a comunicação fica facilitada uma vez que não são necessário tradutores na comunicação gestor-preposto.

Analisando o acórdão 3301/2015 Plenário, observa-se que o TCU recomendou a remoção de uma exigência editalícia de perfil não necessário (nem devidamente justificado) para o cargo de responsável técnico. 

Embora o caso analisado no acórdão não seja de TI, é bom que a exigência de perfil profissional esteja acompanhada da devida justificativa para que sejam evitados problemas futuros.




sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Descansem em paz, pontos de função!


Trata-se de uma auditoria que teve como foco Contratações em Desenvolvimento de Software (Fábricas de Software) nos seguintes órgãos:
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
  • Banco Central do Brasil (BCB)
  • Banco do Brasil S/A (BB)
  • Caixa Econômica Federal (Caixa)
  • Controladoria-Geral da União (CGU)
  • Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
  • Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
  • Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional(PGFN)
  • Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda (STN/MF)
  • Tribunal de Contas da União (TCU) 
Esse acórdão quebra paradigmas (ou destrói mitos), pois dá respaldo ao gestor para “inovar em suas contratações” sob os aspectos que mais dão dor de cabeça ao elaborar as contratações: a métrica e o preço contratado. Vou segmentar a análise nesses dois pontos e, por hoje, falarei sobre o que o acórdão traz sobre métricas de software...

Comecemos pelo fim, isto é, as recomendações:

Recomendações:
(...)
9.2. Autorizar a Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação, deste Tribunal, a proceder aos devidos ajustes na Nota Técnica 6/2010-Sefti/TCU, de forma a considerar as conclusões do item 4.1 do relatório de auditoria; (seção 4.1)
(...)

Vendo a recomendação assim ela não chama nossa atenção, contudo o filé está no relatório,  cujos pontos analiso abaixo.

1.  O que temos hoje? Domínio do uso da Análise de Pontos de Função (APF)

A APF foi a única alternativa em relação ao Homem x Hora amplamente aceita pelo TCU. Bom, era a única que existia... Tenho sérias restrições ao uso de Pontos de Função. Acho uma métrica por demais onerosa. Minha impressão é que os órgãos gastam mais para fazer pior. Dizem que isso se deve a falta de maturidade nos clientes. Não discordo, mas creio que se a iniciativa privada não adota massivamente esta métrica, é porque ela não serve. Contudo, o governo precisa pagar por resultado e medir objetivamente.
Bem ou mal, a APF mede objetivamente.


2.   Uso de USTs (e afins)

Segundo o parágrafo 74:  As atividades em que mais se identificaram pagamentos por UST foram levantamentos de requisitos e sustentação de sistemas

 A UST surgiu para atividades de infraestrutura (STJ, TICONTROLE...) e foi adaptada para área de software. Seu pilar é o catálogo de atividades/tarefas. Ele deve ser construído com base na realidade do órgão (memória de cálculo explicita no planejamento da contratação). Deve possuir duração e entregáveis associados. Também deve ter um indicador de nível mínimo de serviço, mas sugiro fazer indicadores para o catálogo todo e não para cada tarefa individualmente, visando facilitar a futura gestão. 

Convém citar o parágrafo 76:

Neste caso, a organização* optou por desenvolver sua própria métrica devido ao fato de não estar completamente satisfeita com a Análise de Pontos de Função em contratos anteriores, já que, na visão daquela organização:
 (i) a correlação entre o valor expresso em pontos de função (PF) e o custo da prestação do serviço nem sempre se mostrava adequada em situações de software de elevada complexidade; 

(ii) havia dificuldade de uso de PF para estimativa e planejamento do serviço a ser executado, uma vez que o demandante não conhecia a técnica; e

(iii) esses fatores resultavam em maior ônus para medição do volume de serviços prestados.

A organização em questão é o Banco do Brasil e o parágrafo justifica a USTIBB, métrica UST lá elaborada. Essa análise permite que o órgão use outras métricas *UST) mesmo quando a contagem de função possa ser realizada, conforme atesta o parágrafo 79:

79. Verifica-se, com base nas entrevistas com os gestores de TI da entidade, que a USTIBB, em si, não está em desacordo com a legislação ou a jurisprudência do TCU, visto que a métrica visa à garantia de pagamento vinculado a resultados, para todo o ciclo de desenvolvimento de software.


3.   Você não é obrigado a usar Pontos de Função!

Sobre a adoção de Pontos de Função obrigatoriamente, o acórdão não poderia ser mais objetivo do que foi em sua seção 4.1.3:

80. A jurisprudência do TCU é de que os pagamentos por serviços de TI devem ser fetuados por resultados, nos termos da Súmula-TCU 269, não havendo obrigatoriedade de métrica específica que deva ser utilizada. Ou seja, a escolha da métrica fica a cargo dos gestores, devendo ela importar pagamentos por resultados.

87. Concluindo, neste achado foram apresentados os acórdãos que poderiam dar margem a interpretação no sentido da obrigatoriedade da Análise de Pontos de Função. Também foi demonstrado que esse não é o entendimento que coaduna com a jurisprudência majoritária do TCU, consolidada na Súmula-TCU 269. Também foram citados casos em que organizações estão fazendouso de outras formas de medição como UST e USTIBB, sem que esse fato seja contrário à jurisprudência do TCU. Tais fatos permitem concluir que a obrigação é de que sejam usados critérios objetivos e baseados em resultados, não exclusivamente a Análise de Pontos de Função.

88. O entendimento do TCU, apresentado de maneira clara como a que aqui se propõe, serve como importante balizador para os gestores públicos que dependem de conhecimento adequado da jurisprudência para as constantes tomadas de decisão sobre contratação de serviços de desenvolvimento de software.

89. As notas técnicas são instrumento utilizado para orientar os auditores do TCU e os
gestores públicos acerca de entendimentos do TCU, tendo a sua jurisprudência como principal fonte. A Nota Técnica 6/2010-Sefti/TCU foi elaborada com objetivo de avaliar a aderência de determinada forma de contratação ao conceito de pagamento por resultados.

90. Em vista disso, propor-se-á ao Tribunal que autorize a Sefti a proceder aos devidos
ajustes na Nota Técnica 6/2010-Sefti/TCU, de forma a considerar as conclusões do item 4.1 deste relatório.


Com isso, a recomendação 9.2 ganha brilho, não é? E depois disso tudo, só usará APF quem quiser (ou que tiver preguiça para construir seu catálogo de serviços)...


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Um passo de cada vez

Meu caro, minha cara,

  Você passou nove (9) meses na barriga de sua mãe para sair de embrião a recém-nascido...
  Levou um ano para começar a falar (e até hoje não sabe falar tudo)...
  Levou meses para engatinhar, daí meses para andar, depois meses para correr, anos para aprender a pedalar... 
  Mais de uma década para aprender a dirigir um automóvel...
  Demorou anos para aprender a ler: primeiro as vogais, as consoantes, as sílabas, os fonemas, as palavras... 

  Percebeu que o todo foi formado por partes não é? Uma etapa após a outra, somando, agregando e você saiu do nada e chegou num todo.  Com um passo de cada vez.

  Agora me responda: por que você acha que conseguirá mudar tudo de uma de uma vez? Esqueceu foi?

  Tentando fazer tudo novo de uma vez, você fará tudo novo da forma errada! E como as coisas normalmente dependem de outras você terá muitas indas e vindas nesse processo, ou seja, vai demorar.

Minha dica: 
Comece fazendo uma coisa que não dependa de nada; Quando esta coisa estiver OK, passe para outra que não depende de nada. Repita o ciclo, depois vá para as que dependem do que você já fez até que tudo esteja pronto e funcionando perfeitamente...


   Lembre-se que nem Deus fez tudo de uma vez. ELE levou 7 dias em sua criação. (Gen 1, 1-31)
    
   Por isso, vá com calma. 
    

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Analista que faz tudo que o cliente pede

Para mim, analista de sistemas que faz tudo que o cliente quer, como quer é como um animal que usa estas viseiras aí:

Só olha para frente (no caso, o que cliente quer);
O trabalho é pesado;
Vive tomando chicotada no lombo; 
E puxa uma carroça.